quinta-feira, 12 de julho de 2007

Globalização positiva

Bem, hoje apetece-me escrever não sobre isto aqui, mas sim sobre isso aí. Espera... se calhar é sobre isso ai e isto aqui também ao mesmo tempo... ui! isto começa bem....

Sabem aquela maneira de ser dos imigrantes?

Por um lado, quando estão lá (Suisse, xemburgue, france etc...) todos se juntam nas associações, todos aprendem a dançar o rancho (mesmo os mais novos), andam com T-shirts de portugal, fazem questão de falar portugues alto e bom, enfim... têm todos um certo patriotismo que apesar de "parolo", até nos cai bem.

Por outro lado, quando voltam à Tuga, por alturas de agora e principalmente no mês de Agosto, fazem questão de importar costumes, lingua, vestuário, entre outras coisas dos países para os quais emigraram. "Paris de France aã? Ah oui ã!"
È ve-los desfilar num cortejo de ostentação foleira, cheinhos de peito e maços de notas no bolso, para efeitos de produzir inveja naqueles que ficaram.

Agora que faço parte dessa massa anónima e "pirosa" de lusitanos expatriados, ocorre-me que se calhar não estamos bem em lado nenhum, e que se calhar o problema não é do País onde estamos, mas sim de nós proprios.

Cabe-nos a nós ter o carácter suficiente, para assimilarmos aquilo que tem valor, e aquilo com que nos identificamos, independentemente do País de que provêm.

8 comentários:

José Nuno Figueiredo disse...

Ainda bem que já te sentes suficientemente à vontade aí para começar a filosofar...

Olha meu tou um bocadinho mais perto de te ir ai ajudar. Tive 16 a Vias de Comunicação II.
A Cristina está mais perto ainda, teve 18 e pro ano a especialidade dela vai ser Vias! eheh...

Nos próximos dias vou ser o encarregado de educação do teu cão. Agora é que o Sal vai aprender a ter maneiras!

Força aí, já sei que o ritmo começa finalmente a acelerar. Aproveita o balanço!

antónio magalhães disse...

Estava eu aqui a pensar que tu andavas a trabalhar algumas 16 horas por dia, e vai-se a ver ainda tens tempo para reflectir sobre os problemas da sociedade e dos desgraçados que, como nós, têm que emigrar para pôr o pao na mesa dos filhos...

Puto, deixa-me dizer-te que, nós os tugas nunca estamos bem onde estamos, é cultural. Tanto como falar mal de tudo e desculpar tudo o que fazemos com as circunstâncias. Já dizia o outro artista... só estou bem onde nao estou...

Agora deixa-te de filosofias e começa a trabalhar 18 horas por dia, que o tio mca quer ir passar umas férias a bali e tu tens que fazer a tua parte.

Grande abraço

Luz disse...

Tou a imaginar os efeitos que pode ter em ti essa aculturação :
O vestuário, os adereços, o sotaque e o vocabulário...
Estão bem a ver o cromo???
E ainda por cima loiríssimo!!!
Vai ser lindo, "meu camba"...
:-))))

disse...

Ai Jasus !!!

Agora é que foi....

Us camarada vasquito nus Jumbo à comprá mantêga dus Áçores... LLLIIIIINNNDDDDOOOOO!!!!!!!

E eu que tinha a mania de deixar de ir ao supermercado no mês de Agosto !!!

Olha, acho que esta foi boa, mas sabes, o problema é mesmo do people que se deixou de descobertas marítimas e ficou sempre com aquela nostalgia e tal...

Antes de me dar um nó no cérebro, vou ficar por aqui, porque tenho de ir fazer as malas!!
É que não estou bem aqui na Figueira, de modos que amanhã vou pró Algarve!!!!....

Muitas beijocas, e até à próxima.

bfbraga disse...

Ficar com o melhor de cada sítio...
É A evolução...

Pedro disse...

vasquinho, homem,q tens tanta razão.
Cá n dá para interagir com a comunidade lusitana, nem parece q falamos a mesma língua...
Para já divido a imigração por 2,
-para ganhar a vida
-Para vivê-la
mas tb sou novo nisto pode ser q ao chegar à 4ª classe já divida por mais :)
tenho saudades tuas.

Pedro disse...

será q tenho de dizer q são os primeiros q encaixam na tua (perfeita) descrição?
ah ok, também me pareceu q não.

Unknown disse...

Verdade que para além de ganhar a vida estar longe contribui para um olhar diferente. É isso que tu mostras, esse outro olhar filtrado pela distância, alguma saudade, um molho de críticas e aquela coisa das sardinhas e broa.
Mas do lado de cá filosofamos também sobre o que será ir, se seríamos capazes, quer dizer capazes seríamos, mas... E que gosto terá estar a olhar para a Terra, para a nossa terra. Acho que acertas nisso de que podemos e devemos aproveitar alguma desta nossa inquietação para aprender o que há para aprender. Em tudo há bom e mau, nos lusitanos idem, na nossa pátria idem e nos outros e nas outras pátrias idem. Boa sorte com as Descobertas, meu navegador já quase não solitário!!