sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Agora, olha... Batatas!

Era uma vez um passarinho de Buarcos que andava a comer batatas.

Ele gostava mais de sementes, mas só havia batatas.

Ficou doente e como a batata é um tuberculo, talvez fosse tuberculose.

Foi-se a ver, era simplesmente uma constipação nas penas.

Voltou à sua vida e às batatas, mas pensou...

Ah rico filho, tá o mar um cão Ah! Ao menos um arrozinho pra desenjoar é que era do bom tempo!

Desistiu, disseram-lhe que ia ficar com os olhos em bico.

Chatisse pá...

Se ele foi feito para comer alpista, para quê inventar?

Foi à procura e encontrou um importador de sementes.

Eram caríssimas mas eram sementes...

Comeu, comeu, comeu a bom gosto.

As sementes estavam fora do prazo e depois de muita agonia o pobre passarinho entregou a alma ao criador.

Às portas do paraíso viu um Santo papagaio que lhe disse:

- "Passarinho, foste amigo dos teus amigos, viveste a tua vida com honestidade e princípios... ofereço-te uma mão cheia de sementes abençoadas."

O passarinho respondeu:

- "Eh primaço! Sabiam-me melhor umas batatinhas..."

O papagaio, ao ver recusada tão especial oferta, destinada a tão poucos pelos seus méritos replicou:

- "Menino, batatas só no inferno! E é pra la que vais com bilhete só de ida!"


Ah curisco negro, depois de tudo ainda não aprendeste... Para quê criar problemas onde eles não existem?

Agora olha... batatas!


João da Fonte, 2009

sábado, 17 de outubro de 2009

Cartas de amooooooooor ... quem as não teeeeeem



Marta:


Tenho receio de escrever sobre ti, porque é me dificil fazer-te justiça por palavras. De qualquer modo posso tentar... aqui vai:


È muito facil embrenharmo-nos em complexos afazeres, sucessivos degraus que precisamos subir para chegarmos a um determinado objectivo, e pelo meio já nem nos lembrarmos daquilo que originalmente nos moveu.

È como quando escrevemos um texto. Visualizamos uma ideia geral e onde queremos chegar no fim. Pelo meio o texto é escrito ao sabor da maior ou menor inspiração e de outras ideias paralelas que entretanto se atravessam (lá estou eu a divagar...).

No meio de tantos passos, sacrificios, conquistas e planos, sempre fizemos tudo juntos. Sempre pensamos a dois e recolhemos conselhos a dois. O mais engraçado é que tanto mais isto é verdade quanto a distância que nos separa.

Tivemos decisões acertadas e outras que deram uma valente asneirada (para não escrever o que me vem à cabeça), mesmo assim orgulho-me de cada uma delas. São nossas!!!

Aprendemos muitas coisas e passámos por situações em três anos, que muitas pessoas não passam numa vida inteira. Vamos de certeza aprender ainda muito mais se continuarmos a este ritmo.

No final, há sempre um sentimento que subsiste, aquilo que originalmente me move... Ès tu, somos nós, o nosso amor. È o teu sorriso, os teus olhos a brilhar quando estás feliz.



Marta Freitas, vamos continuar esta aventura? Queres casar comigo? (è melhor que digas SIM, porque ja tenho tudo marcado, os convites foram entregues e agora era uma grande chatisse se te cortasses...)



PS: Para quem tiver enjoos, cólicas ou outros sintomas na presença de lamechisses pegadas, existem uns comprimidos muito bons para o efeito.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Kit Kat



Mesmo á segunda-feira temos noticias que nos fazem parar um pouco e apreciar algo.


Parabéns Guida, sei que acabaste o teu Doutoramento, e todos admiramos a tua determinação e gozo com que fazes aquilo a que deitas mãos à obra.


Fizeste-me parar completamente na luz, côr e som (e cheiro) no meio de um engarrafamento Africano (a parte do cheiro é mesmo verdade, porque o bairro não tem "seneamento").


Lembrei-me de tantas coisas, tantos momentos, situações e pessoas.


Deixei-me vadiar ao sabor de historias do avô toze, verões passados no norte, fotografias de viagens, e muitas coisas boas.


Cheguei à reunião sem me lembrar de um segundo do caminho.


Mas lembro-me que cheguei com um sorriso nos lábios.



Beijinhos!