O salão de beleza tá fechado, o barbeiro foi beber uma cuca!
Já faltou mais para começar a colher frutos do meu trabalho.
Trabalho esse que vai de vento em popa:
Beijos, abraços e saudades!
terça-feira, 19 de junho de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Mais uma temporada
Boas!
Está na altura de estrear mais uma temporada bloguística, depois de uma bela (e arrisco merecida)passagem pelo Minho.
Vou quebrar o silêncio dos últimos tempos, divulgando um texto escrito por outra pessoa. Penso que merece uma profunda reflexão, e por isso o divulgo aqui.
Vou quebrar o silêncio dos últimos tempos, divulgando um texto escrito por outra pessoa. Penso que merece uma profunda reflexão, e por isso o divulgo aqui.
Nem tudo o que por aqui passa são fotos, gaitadas e boa vida, também existe lugar para se pensar.
Apenas deixo aqui uma foto representativa da coesão social que ocorreu durante o passado dia 12 de Maio, proporcionado por Portugueses destacados na bela cidade do Lobito.
A Coesão social
.
Encontro Nacional de Fundações / CPF – Centro Português de Fundações
Lisboa, 13 de Abril de 2012
NÃO FORA A ANSIEDADE que aflige milhões de
cidadãos, no Ocidente e no resto do mundo, e poderia dizer que vivemos momentos
fascinantes. São momentos de transição. E tempos de síntese, esperemos. Temos,
creio, a sensação nítida de que vivemos um momento inesquecível em que muitos
dos erros cometidos se tornaram evidentes e muitas das necessidades do futuro
parecem indiscutíveis. Em toda a Europa, mais de meio século de paz e de
crescimento económico chega ao seu termo e parece exigir novos modos e novas
ideias, que todos reclamam, mas que ninguém descobriu. Em Portugal, mais de
trinta anos de crescimento, de reformas e de melhoramento da nossa condição,
chegam igualmente ao fim, mas de modo brutal. Uma crise sem igual e uma
incerteza sem equivalentes próximos tingem o quotidiano de apreensão.
Ao contrário de uma ilusão criada há algumas décadas, estamos sem consciência clara do que queremos, do que podemos e do que seremos. A crença na previsão e no planeamento cresceu e enraizou-se durante os anos serenos de desenvolvimento e de prosperidade. Mas agora que tais actividades seriam mais necessárias do que nunca, percebemos melhor a sua irrelevância em tempos difíceis. Prever e antecipar parecem hoje actividades fúteis. Com menos meios e recursos, com menor autonomia de decisão e com superior dependência, temos dificuldades em preparar o futuro. No que não estamos sós: outros, na Europa, conhecem uma condição igual ou parecida. O que em nada nos consola. Apenas nos revela que a situação é realmente difícil e complexa e que os problemas são de monta. Todos os dias procuramos soluções na Ciência e na técnica, mas não as encontramos. Tentamos saber o que vai ser dentro de anos, o que serão as gerações que vêm a seguir, e não conseguimos.
Certezas com as quais nascemos e vivemos são hoje restos de doutrinas impotentes. O Estado, como configuração política de uma nação e de uma vontade colectiva, é uma caricatura do que foi. O mercado, como lugar de troca, de progresso e de livre escolha, mais parece um embuste. Os direitos individuais, como fonte dos projectos colectivos, são quase esquecidos. Os direitos adquiridos, no que alguns têm de reserva de dignidade e de certeza, são cada vez mais considerados dispensáveis, obsoletos ou descartáveis. A relativa autonomia dos povos livres em combinação com uma razoável independência dos Estados nacionais: eis um equilíbrio delicado que está evidentemente hoje em mau estado. Estas realidades e estes valores estão em causa, fortemente em questão. Sabemos já que não permanecerão como sempre foram. Mas não fazemos a mínima ideia do que serão, naquilo que se transformarão. Não sabemos sequer se a transformação será um progresso. Aliás, esta última noção está ela própria em causa e as nossas gerações aprenderam, ao longo do século XX, que o processo histórico não é sempre progresso. Em tudo o que perdemos, em nome do progresso, incluem-se valores e tradições, culturas e liberdades, costumes e sentimentos cuja falta se faz sentir em permanência. A globalização, a metrópole, as massas, a rapidez, o automatismo, a competitividade e a uniformidade geraram valores contrários à comunidade humana, ao pensamento, à qualidade estética, ao brio e à compaixão. Nem sequer a dimensão do que se ganha é suficiente para esquecer o que se perde. Pode até ganhar-se mais, em proporção, do que se perde. Mas o que se perde é, muitas vezes, uma amputação de humanidade e de cultura.
Os Estados e as nações, tal como os conhecemos durante décadas ou séculos, deixam gradualmente de existir e cedem os seus lugares a conglomerados sociais, políticos e regionais em busca do seu nome.
Os dois grandes pensamentos únicos do século XX, o da glória do Estado e o do endeusamento dos mercados, depois de revelarem toda a sua extensão de malfeitorias e de êxitos, demonstram ser incapazes de resolver o presente crítico, quanto mais o futuro.
Os Estados, como expoente da organização política, esqueceram frequentemente os seus cidadãos. E mesmo quando lhes garantiram sobrevivência e segurança, nem sempre lhes protegeram os seus direitos individuais.
Os mercados, esse lugar de racionalidade implícita, passaram a reinar sobre tudo, não só sobre a economia e a produção, o que seria razoável, mas também, como diria Michael Sandel, sobre tudo o que não lhes diz respeito: o espírito, o amor, a arte, a moral, a cultura, a educação e a saúde. “Tudo se compra, tudo está à venda”, eis uma frase banal e caricatural que se transformou em dolorosa verdade.
Como disse no início: esta transição é fascinante! Poucas coisas são espiritualmente mais cativantes do que ver as sociedades mudar, os comportamentos alterarem-se e os valores evoluírem. Além de perceber, com certeza.
O problema é que esta transição é perigosa. Já tem deixado, pelo caminho, mortos e feridos, valores perdidos e espíritos destruídos. A certos preços, com determinados custos, as transições não valem a pena. Ou são condenáveis. Ou representam momentos negros na história da humanidade. As dezenas de milhões de mortos, a destruição de cidades, o assassinato de milhões de civis, a reinvenção da tortura e o totalitarismo como jamais se tinha conhecido foram, no século XX, preços elevados de mais, mesmo sabendo que depois vieram décadas de paz e de democracia a uma grande parte do mundo.
Sem comparar o momento actual com aqueles anos de horror, podemos reflectir no preço a pagar por mais uma transição de era e de ciclo. Depois do primado do pensamento dominante que elegeu o Estado como fonte e condição de bem-estar, chegou o domínio da ideia do mercado como fonte de liberdade. De ambos retirámos benfeitorias indiscutíveis. A segurança social e a protecção dos fracos, por um lado, a liberdade e a responsabilidade individuais, por outro. Mas também tivemos o império do colectivo, a opressão do indivíduo e o menosprezo pela liberdade, tal como tivemos, depois, o desprezo pelo sofrimento, o elogio do mais forte e a transformação em mercadoria de tudo quanto é humano.
Não soubemos, até agora, criar a síntese. Não é seguro que o saibamos fazer. Há quase cinco anos que, com as sucessivas crises financeiras, seguidas de graves perturbações sociais e políticas, os homens e as mulheres do nosso tempo vivem tempos de aflição, de insegurança e incerteza.
O desemprego a níveis jamais vistos, a pobreza em expansão, os sistemas de protecção em crise de recursos, os milhares de falências e insolvências e a iminente ruptura de serviços públicos estão aí a confirmar o realismo do veredicto acima resumido. Poupanças de vidas inteiras perdidas! Vidas activas terminadas aos quarenta anos! As políticas parecem recuar perante a enormidade. Os Estados revelam fragilidades insuspeitas. A União Europeia e outros arranjos internacionais, ainda há duas ou três décadas as partes mais visíveis do sonho optimista e voluntarioso, demonstram não estarem preparados para defrontar uma crise omnipresente.
Destes anos, um único valor parece ter saído fortalecido: ganhar, ganhar a todo o custo, vencer, vencer a todo o preço. Transformar o vizinho em rival e destruir o rival. A competitividade e a produtividade, necessárias, com certeza, importantes, certamente, deixaram de ser instrumentos para se tornarem fins em si próprias. A última palavra consiste em ganhar mais que todos. O que quer dizer ganhar à custa de todos.
A capacidade destas doutrinas para desumanizar a sociedade é ilimitada. A pobreza é agora um merecido castigo. A desigualdade, uma condição necessária à vitória dos melhores. A injustiça, uma desculpa dos fracos. A Europa, durante séculos relativamente imune a estes valores, deixou-se contagiar, talvez por uma certa lenda americana. É hoje frequente assistirmos a situações em que a mais dura eficiência e o mais ácido pragmatismo dominam qualquer veleidade humana de compaixão ou solidariedade. De beleza ou de cultura.
É verdade que aquelas ideias vieram corrigir graves defeitos na organização das sociedades. Com efeito, as doutrinas que defendiam o Estado como principal fonte de liberdade, de segurança, de bem-estar e de desenvolvimento, mostraram amplamente a sua perversa impotência. Não conseguiram escapar à corrupção, ao despotismo burocrático e à ineficiência. Por isso a confiança nos mercados e a fé nos direitos individuais pareciam marcar uma nova era. Mas aconteceu o pior: a desregulação, em vez de nos salvar da burocracia, da corrupção e da ineficiência, condenou-nos a novos males, os da impiedade e os do mercantilismo. E os de uma nova corrupção, a financeira e política, de dimensões inéditas na história recente da humanidade. É verdade que a massificação democrática de bens e serviços, a começar pelos low costs de toda a espécie, nasceu desta desregulação, de que resultaram benefícios indiscutíveis. Mas as crises financeiras e económicas que se seguiram têm igualmente de ser contadas. E a estas crises, uma sucede, a social, que agora temos diante de nós, com o seu pior emblema, o do desemprego crónico, praga maior cujas consequências a prazo são ainda inimagináveis.
É assim natural que, nestes tempos de crise, o termo, a ideia e a noção de coesão social se tenham transformado no denominador comum de muitas preocupações, de planos políticos e de esperança. Como sempre, sabemos do que se fala, mas nem sempre temos consciência das implicações.
A coesão social está no centro das preocupações dos sociólogos e dos filósofos desde o início do século XX. A questão é de facto essencial. Que permite que os cidadãos vivam juntos, em sociedade? O que agrega os indivíduos e os grupos e lhes permite encontrar e definir regras para a vida em comum? Que factores integram regras e normas, assim como hábitos e costumes, que definem e estabelecem uma ordem social, um modus vivendi em conjunto? Por que se acredita no Direito? Por que se respeita a Constituição? Por que se seguem códigos de conduta? Por que se acata livremente o poder político? Por que se respeita o vizinho e a propriedade? Poder-se-á responder que é o medo, a repressão e a força coerciva do Estado, mas não chega. A pergunta seguinte é óbvia: por que se aceita a força coerciva do Estado? A coesão social parece ser cada vez mais uma resposta adequada. Mas o que faz a coesão social? Como nasce? De que resulta?
Entre as muitas respostas que vão sendo dadas ao longo dos tempos, uma merece especial menção. A coesão depende do sentimento de pertença. Não se confunde, mas depende. A coesão social é a força que mantém um grupo humano ou uma comunidade ligada, mesmo em tempos de dificuldades. A coesão é uma espécie de força centrípeta que mantém pessoas e grupos ligados, mesmo quando forças centrífugas exercem pressão em sentido contrário. A coesão une quando outras forças afastam. A coesão aproxima, quando outros factores separam. Quer isto dizer que a coesão nasce onde existe um sentimento comum, uma história partilhada, uma tradição, um interesse e uma identidade. A coesão depende do sentimento de pertença a uma comunidade local, regional ou nacional. Mas também de sentimentos de pertença a agrupamentos de livre escolha. A questão não é apenas de tradição e de identidade. O sentimento de pertença tem mais valor do que isso. Traduz um conforto moral, mas também um interesse. Ao pertencer a um grupo ou uma comunidade, espero sempre deles a satisfação de alguns interesses e necessidades, a começar pela segurança. Ao sentir que pertenço a um grupo, predisponho-me a estabelecer um permanente comércio com e ele: a dar e a receber. Até porque, em geral, este sentimento está ligado não só a uma tradição e uma cultura, mas também a um quadro local e a um território, assim como a uma forma política de governo e administração. Ao pertencer a um grupo ou uma comunidade, estou preparado para respeitar os outros, desde que me sinta respeitado.
Muitas das dificuldades que a Europa atravessa hoje, mais propriamente a União Europeia, resultam da inexistência de sentimento de pertença europeia tão forte quanto o sentimento de pertença a um Estado nacional. Assim como do facto de as diferenças nacionais e regionais não serem entendidas como ameaças à coesão social.
Destes sentimentos ficaram inúmeros testemunhos culturais. Entre tantos outros, vale a pena recordar George Orwell e o seu orgulho em pertencer à comunidade inglesa, a uma sociedade onde se tinham reconhecido os direitos e as liberdades, a um povo culto e amante da Natureza. A uma sociedade, dizia, que permitia o orgulho, à direita e à esquerda, de a ela pertencerem. A um povo que bebia chá, apesar das diferenças de classes.
A coesão social está modernamente associada a conceitos de justiça, igualdade e solidariedade. São obviamente sinais dos tempos. Mas não se trata de conceitos semelhantes. Uns poderão ser instrumentos de outros, não mais do que isso. Coesão não é sinónima de justiça ou de igualdade. É possível que a injustiça ameace a coesão. Como é provável que a desigualdade em excesso ponha em causa a coesão. Mas são conceitos e realidades diferentes.
A coesão social está associada, isso sim, a conceitos de sobrevivência, reprodução, organização comum e costume. Coesão social pode conviver com liberdade ou não. Com democracia ou não. Com igualdade social ou não. Com liberdades individuais ou não. Que dizer da tribo amazónica que era de tal modo coesa que quando um indivíduo se perdia do grupo, inevitavelmente morria, sem capacidade para sobreviver, nem sequer, em geral, para encontrar o seu grupo? Aliás, o castigo máximo que o grupo administrava aos seus membros era o ostracismo, a expulsão do grupo. Não se pode negar a coesão a este grupo. Mau grado a inexistência da autonomia pessoal e da liberdade individual tal como as entendemos. Mas outra coisa é a coesão social em entidades complexas, em sociedades divididas em regiões, autarquias, classes sociais, etnias e instituições. Aqui, as regras são diferentes. A coesão e a liberdade, a coesão e os direitos individuais têm coexistência difícil e exigente. Nestas sociedades, a coesão necessita ser cultivada e alimentada. A coesão exige informação e explicação. A coesão exige cuidado e respeito.
Além de coesão social, é costume falar-se também de coesão regional ou até de coesão internacional. Creio tratarem-se de variantes da primeira. Ou de pretextos ideológicos. Não consigo imaginar outras formas de desenvolvimento que não sejam diferentes entre si, umas das outras. Não creio que o “desenvolvimento igual e harmonioso ” seja deste mundo. Assim sendo, as formas de coesão a cultivar entre várias regiões ou entre vários países são arquitecturas da coesão social. Ou são simplesmente ilusões e flores de retórica. O que hoje os países em dificuldade pedem aos países ricos da Europa e que designam por solidariedade é uma ficção. Os Estados servem para defender interesses nacionais e assim será por muito tempo. Os países menos desenvolvidos têm de defender a lógica da coesão internacional, isto é, a solidez da União. Portugal e outros países têm de defender os seus direitos e, em nome da União, compensar o egoísmo excessivo dos países mais afortunados.
Está ameaçada a coesão? Muito, a começar pela perda do sentimento de pertença. Tudo ou quase tudo nas modernas tendências de desenvolvimento parece contrariar este valor. As comunidades locais dispersam-se nas grandes áreas metropolitanas. Os subúrbios das grandes cidades criaram áreas em mosaico de indiferença e de contiguidade estanque: as micro comunidades não formam autarquias ou comunidades. As migrações misturam populações inteiras sem necessariamente as juntar. A globalização dos mercados retirou identidade e origem à produção, assim como defesa e segurança. A cultura global ou universal destrói as formas mais conhecidas de demarcação de identidades e de pertenças. A competitividade sobrepôs-se definitivamente aos valores de solidariedade. O mercantilismo deu valor monetário a tudo, consciência, beleza, sublime e sentimento. A gestão eficaz separou as gerações e as famílias. A ajuda funcional e a protecção institucional desumanizaram a solidariedade.
Todas estas grandes tendências contrariam a ideia herdada de coesão. Ou antes: evoluíram mais depressa do que as formas de coesão. A sociedade de informação, o comércio, as finanças e a economia avançaram rapidamente, depressa de mais, não foram acompanhadas pela evolução de formas sociais e políticas que garantissem a coesão e acompanhassem o desenvolvimento acelerado do mundo material e da informação. Da família ao bairro, do grupo à Igreja, do sindicato à empresa; do clube ao partido e à associação, da freguesia ao município; e da região ao Estado: eis uma sucessão de pertenças que estruturam um sentimento, definem referências, são servidas por uma linguagem e uma cultura e alimentam a coesão.
A coesão está ameaçada. Sim. Vemo-lo todos os dias. No desemprego, nas migrações de desespero, nas falências, no abandono e na desistência. A desigualdade, a injustiça e a pobreza podem ser sérios perigos. Tal como o desenraizamento, causa da quebra do sentimento de pertença. Contra esses, todos os meios devem ser utilizados. As políticas sociais possíveis. A informação permanente e honesta por parte dos governos e das empresas. A capacidade de explicar as políticas e os sacrifícios. A capacidade para ouvir. A vontade de diálogo com forças políticas, económicas e sociais. Eis hábitos e práticas actualmente em sério défice.
Existe uma real dificuldade em conceber a coesão, em tempos de crise, sem abdicar da diferença, dos conflitos e dos interesses contraditórios. Ora, a coesão pode ser compatível com a luta de classes, com a competição partidária e com a concorrência. A coesão social é isso mesmo, o que junta os diferentes, mantendo-os, não os eliminando. A coesão que destrói diferenças, esbate interesses e remove contradições é uma coesão imposta, isto é, uma forma de despotismo. A coesão não implica unanimidade, nem consenso absoluto. Coesão implica justamente a ligação de diferentes. E implica liberdade e direitos humanos que fortalecem a coesão. A solidariedade, a associação e a entreajuda são infinitamente mais fortes quando repousam numa cultura forte de direitos individuais. Por isso sentimos, com razão, que a coesão social é factor a preservar em tempos de crise e transição. Sem coesão, podemos esperar o pior. Com coesão, para a qual devem contribuir cidadãos e autoridades, indivíduos e empresas, seremos capazes de muito.
-Ao contrário de uma ilusão criada há algumas décadas, estamos sem consciência clara do que queremos, do que podemos e do que seremos. A crença na previsão e no planeamento cresceu e enraizou-se durante os anos serenos de desenvolvimento e de prosperidade. Mas agora que tais actividades seriam mais necessárias do que nunca, percebemos melhor a sua irrelevância em tempos difíceis. Prever e antecipar parecem hoje actividades fúteis. Com menos meios e recursos, com menor autonomia de decisão e com superior dependência, temos dificuldades em preparar o futuro. No que não estamos sós: outros, na Europa, conhecem uma condição igual ou parecida. O que em nada nos consola. Apenas nos revela que a situação é realmente difícil e complexa e que os problemas são de monta. Todos os dias procuramos soluções na Ciência e na técnica, mas não as encontramos. Tentamos saber o que vai ser dentro de anos, o que serão as gerações que vêm a seguir, e não conseguimos.
Certezas com as quais nascemos e vivemos são hoje restos de doutrinas impotentes. O Estado, como configuração política de uma nação e de uma vontade colectiva, é uma caricatura do que foi. O mercado, como lugar de troca, de progresso e de livre escolha, mais parece um embuste. Os direitos individuais, como fonte dos projectos colectivos, são quase esquecidos. Os direitos adquiridos, no que alguns têm de reserva de dignidade e de certeza, são cada vez mais considerados dispensáveis, obsoletos ou descartáveis. A relativa autonomia dos povos livres em combinação com uma razoável independência dos Estados nacionais: eis um equilíbrio delicado que está evidentemente hoje em mau estado. Estas realidades e estes valores estão em causa, fortemente em questão. Sabemos já que não permanecerão como sempre foram. Mas não fazemos a mínima ideia do que serão, naquilo que se transformarão. Não sabemos sequer se a transformação será um progresso. Aliás, esta última noção está ela própria em causa e as nossas gerações aprenderam, ao longo do século XX, que o processo histórico não é sempre progresso. Em tudo o que perdemos, em nome do progresso, incluem-se valores e tradições, culturas e liberdades, costumes e sentimentos cuja falta se faz sentir em permanência. A globalização, a metrópole, as massas, a rapidez, o automatismo, a competitividade e a uniformidade geraram valores contrários à comunidade humana, ao pensamento, à qualidade estética, ao brio e à compaixão. Nem sequer a dimensão do que se ganha é suficiente para esquecer o que se perde. Pode até ganhar-se mais, em proporção, do que se perde. Mas o que se perde é, muitas vezes, uma amputação de humanidade e de cultura.
Os Estados e as nações, tal como os conhecemos durante décadas ou séculos, deixam gradualmente de existir e cedem os seus lugares a conglomerados sociais, políticos e regionais em busca do seu nome.
Os dois grandes pensamentos únicos do século XX, o da glória do Estado e o do endeusamento dos mercados, depois de revelarem toda a sua extensão de malfeitorias e de êxitos, demonstram ser incapazes de resolver o presente crítico, quanto mais o futuro.
Os Estados, como expoente da organização política, esqueceram frequentemente os seus cidadãos. E mesmo quando lhes garantiram sobrevivência e segurança, nem sempre lhes protegeram os seus direitos individuais.
Os mercados, esse lugar de racionalidade implícita, passaram a reinar sobre tudo, não só sobre a economia e a produção, o que seria razoável, mas também, como diria Michael Sandel, sobre tudo o que não lhes diz respeito: o espírito, o amor, a arte, a moral, a cultura, a educação e a saúde. “Tudo se compra, tudo está à venda”, eis uma frase banal e caricatural que se transformou em dolorosa verdade.
Como disse no início: esta transição é fascinante! Poucas coisas são espiritualmente mais cativantes do que ver as sociedades mudar, os comportamentos alterarem-se e os valores evoluírem. Além de perceber, com certeza.
O problema é que esta transição é perigosa. Já tem deixado, pelo caminho, mortos e feridos, valores perdidos e espíritos destruídos. A certos preços, com determinados custos, as transições não valem a pena. Ou são condenáveis. Ou representam momentos negros na história da humanidade. As dezenas de milhões de mortos, a destruição de cidades, o assassinato de milhões de civis, a reinvenção da tortura e o totalitarismo como jamais se tinha conhecido foram, no século XX, preços elevados de mais, mesmo sabendo que depois vieram décadas de paz e de democracia a uma grande parte do mundo.
Sem comparar o momento actual com aqueles anos de horror, podemos reflectir no preço a pagar por mais uma transição de era e de ciclo. Depois do primado do pensamento dominante que elegeu o Estado como fonte e condição de bem-estar, chegou o domínio da ideia do mercado como fonte de liberdade. De ambos retirámos benfeitorias indiscutíveis. A segurança social e a protecção dos fracos, por um lado, a liberdade e a responsabilidade individuais, por outro. Mas também tivemos o império do colectivo, a opressão do indivíduo e o menosprezo pela liberdade, tal como tivemos, depois, o desprezo pelo sofrimento, o elogio do mais forte e a transformação em mercadoria de tudo quanto é humano.
Não soubemos, até agora, criar a síntese. Não é seguro que o saibamos fazer. Há quase cinco anos que, com as sucessivas crises financeiras, seguidas de graves perturbações sociais e políticas, os homens e as mulheres do nosso tempo vivem tempos de aflição, de insegurança e incerteza.
O desemprego a níveis jamais vistos, a pobreza em expansão, os sistemas de protecção em crise de recursos, os milhares de falências e insolvências e a iminente ruptura de serviços públicos estão aí a confirmar o realismo do veredicto acima resumido. Poupanças de vidas inteiras perdidas! Vidas activas terminadas aos quarenta anos! As políticas parecem recuar perante a enormidade. Os Estados revelam fragilidades insuspeitas. A União Europeia e outros arranjos internacionais, ainda há duas ou três décadas as partes mais visíveis do sonho optimista e voluntarioso, demonstram não estarem preparados para defrontar uma crise omnipresente.
Destes anos, um único valor parece ter saído fortalecido: ganhar, ganhar a todo o custo, vencer, vencer a todo o preço. Transformar o vizinho em rival e destruir o rival. A competitividade e a produtividade, necessárias, com certeza, importantes, certamente, deixaram de ser instrumentos para se tornarem fins em si próprias. A última palavra consiste em ganhar mais que todos. O que quer dizer ganhar à custa de todos.
A capacidade destas doutrinas para desumanizar a sociedade é ilimitada. A pobreza é agora um merecido castigo. A desigualdade, uma condição necessária à vitória dos melhores. A injustiça, uma desculpa dos fracos. A Europa, durante séculos relativamente imune a estes valores, deixou-se contagiar, talvez por uma certa lenda americana. É hoje frequente assistirmos a situações em que a mais dura eficiência e o mais ácido pragmatismo dominam qualquer veleidade humana de compaixão ou solidariedade. De beleza ou de cultura.
É verdade que aquelas ideias vieram corrigir graves defeitos na organização das sociedades. Com efeito, as doutrinas que defendiam o Estado como principal fonte de liberdade, de segurança, de bem-estar e de desenvolvimento, mostraram amplamente a sua perversa impotência. Não conseguiram escapar à corrupção, ao despotismo burocrático e à ineficiência. Por isso a confiança nos mercados e a fé nos direitos individuais pareciam marcar uma nova era. Mas aconteceu o pior: a desregulação, em vez de nos salvar da burocracia, da corrupção e da ineficiência, condenou-nos a novos males, os da impiedade e os do mercantilismo. E os de uma nova corrupção, a financeira e política, de dimensões inéditas na história recente da humanidade. É verdade que a massificação democrática de bens e serviços, a começar pelos low costs de toda a espécie, nasceu desta desregulação, de que resultaram benefícios indiscutíveis. Mas as crises financeiras e económicas que se seguiram têm igualmente de ser contadas. E a estas crises, uma sucede, a social, que agora temos diante de nós, com o seu pior emblema, o do desemprego crónico, praga maior cujas consequências a prazo são ainda inimagináveis.
É assim natural que, nestes tempos de crise, o termo, a ideia e a noção de coesão social se tenham transformado no denominador comum de muitas preocupações, de planos políticos e de esperança. Como sempre, sabemos do que se fala, mas nem sempre temos consciência das implicações.
A coesão social está no centro das preocupações dos sociólogos e dos filósofos desde o início do século XX. A questão é de facto essencial. Que permite que os cidadãos vivam juntos, em sociedade? O que agrega os indivíduos e os grupos e lhes permite encontrar e definir regras para a vida em comum? Que factores integram regras e normas, assim como hábitos e costumes, que definem e estabelecem uma ordem social, um modus vivendi em conjunto? Por que se acredita no Direito? Por que se respeita a Constituição? Por que se seguem códigos de conduta? Por que se acata livremente o poder político? Por que se respeita o vizinho e a propriedade? Poder-se-á responder que é o medo, a repressão e a força coerciva do Estado, mas não chega. A pergunta seguinte é óbvia: por que se aceita a força coerciva do Estado? A coesão social parece ser cada vez mais uma resposta adequada. Mas o que faz a coesão social? Como nasce? De que resulta?
Entre as muitas respostas que vão sendo dadas ao longo dos tempos, uma merece especial menção. A coesão depende do sentimento de pertença. Não se confunde, mas depende. A coesão social é a força que mantém um grupo humano ou uma comunidade ligada, mesmo em tempos de dificuldades. A coesão é uma espécie de força centrípeta que mantém pessoas e grupos ligados, mesmo quando forças centrífugas exercem pressão em sentido contrário. A coesão une quando outras forças afastam. A coesão aproxima, quando outros factores separam. Quer isto dizer que a coesão nasce onde existe um sentimento comum, uma história partilhada, uma tradição, um interesse e uma identidade. A coesão depende do sentimento de pertença a uma comunidade local, regional ou nacional. Mas também de sentimentos de pertença a agrupamentos de livre escolha. A questão não é apenas de tradição e de identidade. O sentimento de pertença tem mais valor do que isso. Traduz um conforto moral, mas também um interesse. Ao pertencer a um grupo ou uma comunidade, espero sempre deles a satisfação de alguns interesses e necessidades, a começar pela segurança. Ao sentir que pertenço a um grupo, predisponho-me a estabelecer um permanente comércio com e ele: a dar e a receber. Até porque, em geral, este sentimento está ligado não só a uma tradição e uma cultura, mas também a um quadro local e a um território, assim como a uma forma política de governo e administração. Ao pertencer a um grupo ou uma comunidade, estou preparado para respeitar os outros, desde que me sinta respeitado.
Muitas das dificuldades que a Europa atravessa hoje, mais propriamente a União Europeia, resultam da inexistência de sentimento de pertença europeia tão forte quanto o sentimento de pertença a um Estado nacional. Assim como do facto de as diferenças nacionais e regionais não serem entendidas como ameaças à coesão social.
Destes sentimentos ficaram inúmeros testemunhos culturais. Entre tantos outros, vale a pena recordar George Orwell e o seu orgulho em pertencer à comunidade inglesa, a uma sociedade onde se tinham reconhecido os direitos e as liberdades, a um povo culto e amante da Natureza. A uma sociedade, dizia, que permitia o orgulho, à direita e à esquerda, de a ela pertencerem. A um povo que bebia chá, apesar das diferenças de classes.
A coesão social está modernamente associada a conceitos de justiça, igualdade e solidariedade. São obviamente sinais dos tempos. Mas não se trata de conceitos semelhantes. Uns poderão ser instrumentos de outros, não mais do que isso. Coesão não é sinónima de justiça ou de igualdade. É possível que a injustiça ameace a coesão. Como é provável que a desigualdade em excesso ponha em causa a coesão. Mas são conceitos e realidades diferentes.
A coesão social está associada, isso sim, a conceitos de sobrevivência, reprodução, organização comum e costume. Coesão social pode conviver com liberdade ou não. Com democracia ou não. Com igualdade social ou não. Com liberdades individuais ou não. Que dizer da tribo amazónica que era de tal modo coesa que quando um indivíduo se perdia do grupo, inevitavelmente morria, sem capacidade para sobreviver, nem sequer, em geral, para encontrar o seu grupo? Aliás, o castigo máximo que o grupo administrava aos seus membros era o ostracismo, a expulsão do grupo. Não se pode negar a coesão a este grupo. Mau grado a inexistência da autonomia pessoal e da liberdade individual tal como as entendemos. Mas outra coisa é a coesão social em entidades complexas, em sociedades divididas em regiões, autarquias, classes sociais, etnias e instituições. Aqui, as regras são diferentes. A coesão e a liberdade, a coesão e os direitos individuais têm coexistência difícil e exigente. Nestas sociedades, a coesão necessita ser cultivada e alimentada. A coesão exige informação e explicação. A coesão exige cuidado e respeito.
Além de coesão social, é costume falar-se também de coesão regional ou até de coesão internacional. Creio tratarem-se de variantes da primeira. Ou de pretextos ideológicos. Não consigo imaginar outras formas de desenvolvimento que não sejam diferentes entre si, umas das outras. Não creio que o “desenvolvimento igual e harmonioso ” seja deste mundo. Assim sendo, as formas de coesão a cultivar entre várias regiões ou entre vários países são arquitecturas da coesão social. Ou são simplesmente ilusões e flores de retórica. O que hoje os países em dificuldade pedem aos países ricos da Europa e que designam por solidariedade é uma ficção. Os Estados servem para defender interesses nacionais e assim será por muito tempo. Os países menos desenvolvidos têm de defender a lógica da coesão internacional, isto é, a solidez da União. Portugal e outros países têm de defender os seus direitos e, em nome da União, compensar o egoísmo excessivo dos países mais afortunados.
Está ameaçada a coesão? Muito, a começar pela perda do sentimento de pertença. Tudo ou quase tudo nas modernas tendências de desenvolvimento parece contrariar este valor. As comunidades locais dispersam-se nas grandes áreas metropolitanas. Os subúrbios das grandes cidades criaram áreas em mosaico de indiferença e de contiguidade estanque: as micro comunidades não formam autarquias ou comunidades. As migrações misturam populações inteiras sem necessariamente as juntar. A globalização dos mercados retirou identidade e origem à produção, assim como defesa e segurança. A cultura global ou universal destrói as formas mais conhecidas de demarcação de identidades e de pertenças. A competitividade sobrepôs-se definitivamente aos valores de solidariedade. O mercantilismo deu valor monetário a tudo, consciência, beleza, sublime e sentimento. A gestão eficaz separou as gerações e as famílias. A ajuda funcional e a protecção institucional desumanizaram a solidariedade.
Todas estas grandes tendências contrariam a ideia herdada de coesão. Ou antes: evoluíram mais depressa do que as formas de coesão. A sociedade de informação, o comércio, as finanças e a economia avançaram rapidamente, depressa de mais, não foram acompanhadas pela evolução de formas sociais e políticas que garantissem a coesão e acompanhassem o desenvolvimento acelerado do mundo material e da informação. Da família ao bairro, do grupo à Igreja, do sindicato à empresa; do clube ao partido e à associação, da freguesia ao município; e da região ao Estado: eis uma sucessão de pertenças que estruturam um sentimento, definem referências, são servidas por uma linguagem e uma cultura e alimentam a coesão.
A coesão está ameaçada. Sim. Vemo-lo todos os dias. No desemprego, nas migrações de desespero, nas falências, no abandono e na desistência. A desigualdade, a injustiça e a pobreza podem ser sérios perigos. Tal como o desenraizamento, causa da quebra do sentimento de pertença. Contra esses, todos os meios devem ser utilizados. As políticas sociais possíveis. A informação permanente e honesta por parte dos governos e das empresas. A capacidade de explicar as políticas e os sacrifícios. A capacidade para ouvir. A vontade de diálogo com forças políticas, económicas e sociais. Eis hábitos e práticas actualmente em sério défice.
Existe uma real dificuldade em conceber a coesão, em tempos de crise, sem abdicar da diferença, dos conflitos e dos interesses contraditórios. Ora, a coesão pode ser compatível com a luta de classes, com a competição partidária e com a concorrência. A coesão social é isso mesmo, o que junta os diferentes, mantendo-os, não os eliminando. A coesão que destrói diferenças, esbate interesses e remove contradições é uma coesão imposta, isto é, uma forma de despotismo. A coesão não implica unanimidade, nem consenso absoluto. Coesão implica justamente a ligação de diferentes. E implica liberdade e direitos humanos que fortalecem a coesão. A solidariedade, a associação e a entreajuda são infinitamente mais fortes quando repousam numa cultura forte de direitos individuais. Por isso sentimos, com razão, que a coesão social é factor a preservar em tempos de crise e transição. Sem coesão, podemos esperar o pior. Com coesão, para a qual devem contribuir cidadãos e autoridades, indivíduos e empresas, seremos capazes de muito.
Encontro Nacional de Fundações / CPF – Centro Português de Fundações
Lisboa, 13 de Abril de 2012
Publicada por António Barreto em Domingo, Abril 22, 2012
segunda-feira, 2 de abril de 2012
A cabrita
Estes dias ácusta de umas bolachas adoptei uma cabrita que adoptou uma cadela, que por sua vez adoptou o meu carro para passar as tardes á sombra...
A vida é um circulo e os animais são amigos... que lindo...
A vida é um circulo e os animais são amigos... que lindo...
quinta-feira, 29 de março de 2012
Também é preciso saber fechar a tasca
Os últimos tempos têm sido uma animação pegada.
Com a obra do Porto do Lobito a entrar num ritmo alucinante de trabalhar de dia e de noite, o começo das aulas no Piaget e como se não bastasse, as férias do meu colega, é facil dormir ao fim do dia.
Depois de mais um dia em que o termometro marcou 47º, eram cinco e meia e dei por mim a olhar e suspirar para com uma "pilha" de cerca de 10 cm de altura de mais relatórios de ensaio, cargas de equipamento e mão-de-obra, fichas de aprovação de materiais e relatórios de execução de trabalhos. Cheguei mesmo a trocar uma ou duas palavras com ela: "Não queres ir dar uma volta e voltar amanha?"
Como ela não respodeu, foi então que tive uma brilhante ideia. Pera lá, quem podia ir dar uma volta e voltar amanhã era eu...
Disse adeus à "pilha" e pedi-lhe para não crescer durante a noite, fechei a porta à chave, arranquei pela montanha abaixo e dirigi-me para o destino desse fim de dia.
Finalmente a temperatura baixava ligeiramente, levantou-se a brisa suave e quente de fim de tarde e a água estava limpa, salgada e a uma temperatura própria de um qualquer destino exótico do Pacifico Sul.
O fino estava a estalar e desceu rapidamente, uma vez que era necessário empurrar os tremoços que serviam naquela esplanada com vista para o início da noite.
Ganhei um novo folego, apenas para constatar no dia seguinte que a "pilha" tinha feito filhos, não sei bem como, e agora eram já em número de 3.
Com a obra do Porto do Lobito a entrar num ritmo alucinante de trabalhar de dia e de noite, o começo das aulas no Piaget e como se não bastasse, as férias do meu colega, é facil dormir ao fim do dia.
Depois de mais um dia em que o termometro marcou 47º, eram cinco e meia e dei por mim a olhar e suspirar para com uma "pilha" de cerca de 10 cm de altura de mais relatórios de ensaio, cargas de equipamento e mão-de-obra, fichas de aprovação de materiais e relatórios de execução de trabalhos. Cheguei mesmo a trocar uma ou duas palavras com ela: "Não queres ir dar uma volta e voltar amanha?"
Como ela não respodeu, foi então que tive uma brilhante ideia. Pera lá, quem podia ir dar uma volta e voltar amanhã era eu...
Disse adeus à "pilha" e pedi-lhe para não crescer durante a noite, fechei a porta à chave, arranquei pela montanha abaixo e dirigi-me para o destino desse fim de dia.
Finalmente a temperatura baixava ligeiramente, levantou-se a brisa suave e quente de fim de tarde e a água estava limpa, salgada e a uma temperatura própria de um qualquer destino exótico do Pacifico Sul.
O fino estava a estalar e desceu rapidamente, uma vez que era necessário empurrar os tremoços que serviam naquela esplanada com vista para o início da noite.
Ganhei um novo folego, apenas para constatar no dia seguinte que a "pilha" tinha feito filhos, não sei bem como, e agora eram já em número de 3.
quarta-feira, 14 de março de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
The search for the Holly Graal
Durante o dia de hoje chegaram-me ás mãos, fotografias actualizadas destas lendárias personagens que são Lady Marta de Freitas e Figueiredo, Lady Kikas Duquesa de Paranhos e Sir José of the Holly Power Company, sobre quem fábulas encantadas foram escritas e mitos passados de orelha em orelha.
Estes momentos fugazes em que uma câmara anónima e indiscreta captou tais criaturas, foram registados durante uma missão arriscadíssima na serra do Gerês e têm um valôr incalculável.
Aparentemente, o objectivo era o mesmo de sempre, o Santo Graal. Segundo noticiado pela Agência Lusa, ainda não foi desta que o encontraram, mas parece que alguns deles venceram medos antigos...
Finalmente deixaram de fazer Clop Clop, simulando os cascos dos seus nobres corcéis, e montaram efectivamente os ditos.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Tá quetinho ó lebas no fucinho!
Desde um certo episódio, que me tenho lembrado desta musica algumas vezes, tem andado no "cantante" do meu chasso e para além disso acho que é um grande tema.
Aqui vai:
Aqui vai:
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
O ano do Dragão - parte 2
No dia seguinte (segunda-feira) toda a gente trabalhava excepto nós. Por isso encontrámos a Baía azul completamente à nossa mercê para umas belas banhocas e futeboladas com os miudos do sitio:
That´s all folks!
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
O ano do Dragão, na China é claro ...
Depois do último post, e conforme prometido, aqui vai uma reportagem dedicada a festas e papos ao ar na praia.
No passado Domingo, foi dia de ano novo Chinês. Já aqui passei um ano do touro, um ano da cabra (se não estou em erro) e parece que desta é do Dragão. Ao menos não tem cornos, mas parece que neste 2012 vamos mesmo ficar esturricados.
No lado positivo da coisa, tratam-se dos únicos dois/três dias em que estes meninos folgam, vejam lá bem com tanta discussão em Portugal por tirarem uns pouquitos feriados e ainda ficarmos com tantos de sobra.
Bom, já chega de pár-lá-piê, que eu sei que o que vocês querem é imagens, certo? ceeerrtooooo...
A mesa presidencial, que era a única com cadeirinha de pau. A mesa dos Cowboys americanos do projecto da refinaria tinha cadeiras de prástico e as restantes, á base do banquinho de feira.
Musiquinha ao vivo, Semba e Kwassa com decor oriental.
I´m a poor, lonesome cowboy, and I´m a long long way from home...
Querem mais?
No passado Domingo, foi dia de ano novo Chinês. Já aqui passei um ano do touro, um ano da cabra (se não estou em erro) e parece que desta é do Dragão. Ao menos não tem cornos, mas parece que neste 2012 vamos mesmo ficar esturricados.
No lado positivo da coisa, tratam-se dos únicos dois/três dias em que estes meninos folgam, vejam lá bem com tanta discussão em Portugal por tirarem uns pouquitos feriados e ainda ficarmos com tantos de sobra.
Bom, já chega de pár-lá-piê, que eu sei que o que vocês querem é imagens, certo? ceeerrtooooo...
A mesa presidencial, que era a única com cadeirinha de pau. A mesa dos Cowboys americanos do projecto da refinaria tinha cadeiras de prástico e as restantes, á base do banquinho de feira.
Musiquinha ao vivo, Semba e Kwassa com decor oriental.
I´m a poor, lonesome cowboy, and I´m a long long way from home...
Querem mais?
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
A nossa Maria Antonieta
Aqui hà tempos fui alvo de algumas criticas de familiares e de amigos, por ser da opinião de que não quero mais presidentes da república (sim, letras minúsculas) e daí não ter votado, nem sequer em branco.
Talvez algumas pessoas com quem conversei este assunto interpretassem a minha opinião como radicalismo e "ressabianço" por estar a atravessar uma altura menos boa a nível profissional, o que confesso que efectivamente se reflectiu injustamente no meu "humor" relativamente a muitos assuntos e pessoas perfeitamente exógenos ao problema, mas não neste.
A verdade é que (talvez por ter muito tempo livre) me dediquei a pensar bastante sobre o assunto, cheguei à conclusão de que das duas uma, ou temos um Presidente da República conforme vem descrito na Constituição, ou mais vale a pena pouparmos uns cobres em eleições, pensões e salários em deterimento de uma estátua que se limita a:
Achei particularmente engraçado, ser o meu comentário o único que teve direito a comentário ao comentário. E não só isto foi engraçado, como ainda mais revelador foi o teor da resposta à minha opinião (Passo a transcrever):
DE: "Um amigo sempre te avisa", Lisboa.
Comentário: "Tenha cuidado com o que diz".
Posso estar enganado muitas vezes, e frequentemente ter dúvidas mas sei que tenho capacidade para comer bolo rei enquanto converso ou respondo a perguntas e mais importante do que isso, sei que para se ocupar cargos de responsabilidade é preciso assumi-la.
Estou cansado da dificuldade Portuguesa em "Sair da nossa zona de conforto" (algo que já fiz há cerca de 4 anos, caríssimo Passos Coelho) e lutarmos pelos nossos princípios mesmo que isso implique ameaças anónimas ou não receber "aquela promoção".
Tenho para mim que continuarei a estar errado, até que a situação se torne suficientemente má. Tenho impressão que a cada pacote de austeridade ou bacorada dos nossos políticos me torno menos "radical" aos olhos dos outros.
Peço que me desculpem, este não é tradicionalmente o sítio para trocar ideias acerca de coisas "chatas", mas acho que às vezes também é preciso.
O próximo post há de ser acerca de praias, ou bananeiras ou qualquer outra coisa mais ligeira.
PS: Luz, descobri que isto aqui é o verdadeiro Graal daquela coisa dos vidros na praia (Glassing, ou lá o que é...). Já tou a guardar alguns exemplares para te levar.
Vasco Figueiredo
Talvez algumas pessoas com quem conversei este assunto interpretassem a minha opinião como radicalismo e "ressabianço" por estar a atravessar uma altura menos boa a nível profissional, o que confesso que efectivamente se reflectiu injustamente no meu "humor" relativamente a muitos assuntos e pessoas perfeitamente exógenos ao problema, mas não neste.
A verdade é que (talvez por ter muito tempo livre) me dediquei a pensar bastante sobre o assunto, cheguei à conclusão de que das duas uma, ou temos um Presidente da República conforme vem descrito na Constituição, ou mais vale a pena pouparmos uns cobres em eleições, pensões e salários em deterimento de uma estátua que se limita a:
- Lançar alertas
- Fazer apelos
- Sensibilizar
- Estimular compromissos
- Apontar caminhos de futuro
- Declarar que só é P.R. e não pode comentar assuntos governamentais
- Mentir quanto à sua situação económica de misero professor e pobre multi-pensionista
- Fazer discursos de ano novo em que só diz o que toda a gente já sabe
Achei particularmente engraçado, ser o meu comentário o único que teve direito a comentário ao comentário. E não só isto foi engraçado, como ainda mais revelador foi o teor da resposta à minha opinião (Passo a transcrever):
DE: "Um amigo sempre te avisa", Lisboa.
Comentário: "Tenha cuidado com o que diz".
Posso estar enganado muitas vezes, e frequentemente ter dúvidas mas sei que tenho capacidade para comer bolo rei enquanto converso ou respondo a perguntas e mais importante do que isso, sei que para se ocupar cargos de responsabilidade é preciso assumi-la.
Estou cansado da dificuldade Portuguesa em "Sair da nossa zona de conforto" (algo que já fiz há cerca de 4 anos, caríssimo Passos Coelho) e lutarmos pelos nossos princípios mesmo que isso implique ameaças anónimas ou não receber "aquela promoção".
Tenho para mim que continuarei a estar errado, até que a situação se torne suficientemente má. Tenho impressão que a cada pacote de austeridade ou bacorada dos nossos políticos me torno menos "radical" aos olhos dos outros.
Peço que me desculpem, este não é tradicionalmente o sítio para trocar ideias acerca de coisas "chatas", mas acho que às vezes também é preciso.
O próximo post há de ser acerca de praias, ou bananeiras ou qualquer outra coisa mais ligeira.
PS: Luz, descobri que isto aqui é o verdadeiro Graal daquela coisa dos vidros na praia (Glassing, ou lá o que é...). Já tou a guardar alguns exemplares para te levar.
Vasco Figueiredo
sábado, 21 de janeiro de 2012
Plantando Bananeira
Nesta altura do ano, por este lados, estamos no pino do Verão e das férias grandes. Por isso, e em quanto não começa o novo ano lectivo na Universidade Piaget, decidi entreter-me com outro tipo de coisas.
Se é verdade que há dias em que tudo parece estar de pernas para o ar, não foi nada disso que aconteceu ontem, já que comecei o dia "Plantando Bananeira",não no sentido Brasileiro mas sim com os pés bem assentes na terra.
Aqui estão elas (ah, plantei também um figueira, ou não fosse eu um Figueiredo Figueirense):
Se é verdade que há dias em que tudo parece estar de pernas para o ar, não foi nada disso que aconteceu ontem, já que comecei o dia "Plantando Bananeira",não no sentido Brasileiro mas sim com os pés bem assentes na terra.
Aqui estão elas (ah, plantei também um figueira, ou não fosse eu um Figueiredo Figueirense):
Já agora, estes são os meus mamoeiros e a minha plantação de malaguetas (Jindungo):
Já estou a tentar arranjar uma mangueira (não das de regar, que já tenho, mas de plantar) e tomates.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Barbecue no terminal de minério
No passado Sábado tomei a iniciativa de convidar uns amigos a vir jantar à minha casa. Para o efeito adquiriram-se entre outros, 48 Heineken´s e 4,5Kg de picanha de primeira.
A noite estava quente, estrelada e silenciosa, á excepção das melodias compostas pelo Sr. Joaquim Barreiros e que soavam através das colunas do meu computador.
Eis-nos em plena execução.
sábado, 14 de janeiro de 2012
Um bocadinho da história do meu instrumento preferido
A Guitarra é um instrumento de cordas que foi originalmente concebido de modo usar as propriedades acústicas do seu próprio corpo oco para projectar som. Quando os guitarristas começaram a tocar com outros instrumentistas em pequenos grupos, verificaram que o volume de som produzido pelo instrumento era insuficiente para atingir uma boa mistura com o som proveniente de instrumentos de sopro e pianos, por exemplo.
Para combater este problema surgiram as guitarras do tipo "Archtop", em que ao tradicional corpo oco, se juntaram "Pick-ups" que captavam as frequências de vibração das cordas e traduzir as mesmas em som através de equipamentos designados por amplificadores de sinal a válvulas.
Todavia este tipo de guitarra era extremamente atreito à criação de "Feed-back" quando amplificada. Não existia portanto uma solução eficaz e fiável para resolver o problema, de modo que nos anos 40, pioneiros como o músico de Jazz Les Paul, começaram a desenvolver e experimentar soluções em que o corpo da guitarra era sólido e portanto deixava de provir da reverberação da caixa, passando apenas a ser captado por "Pick-ups" e materializado através de amplificadores eléctricos.
No início dos anos 50, um Engenheiro chamado Leo Fender, decidiu comercializar uma guitarra de corpo sólido produzida em massa, que permitisse que o publico em geral pudesse ter acesso a este tipo de instrumentos. Assim nasceu a primeira guitarra eléctrica produzida em série pela companhia Fender e que foi batizada de "Telecaster", numa tentativa de associá-la a um novo e excitante meio de comunicação da época, a Televisão.
Desde então o som cristalino, brilhante e "estaladiço" da Telecaster tem sido ininterruptamente tocado e gravado, numa variedade ímpar de géneros musicais e gerações de músicos. Mesmo para quem não está muito familiarizado com este mundo das guitarras, consegue dizer em alguns casos "esta guitarra é tipica do artista ou banda x", muitos deles são guitarras Telecaster, uma vez que esta é particularmente versátil e distinta e por isso ajudou muitos artistas a conseguir chegar ao "seu som" característico.
Por exemplo:
Desde 1950 até aos dias actuais que todos nós já tivemos muitas horas de prazer e momentos especiais proporcionados por esta invenção do Sr. Leo Fender, daí ter dedicado este post a um objecto que para mim é uma verdadeira peça de arte representativa dos "tempos modernos".
Para combater este problema surgiram as guitarras do tipo "Archtop", em que ao tradicional corpo oco, se juntaram "Pick-ups" que captavam as frequências de vibração das cordas e traduzir as mesmas em som através de equipamentos designados por amplificadores de sinal a válvulas.
Todavia este tipo de guitarra era extremamente atreito à criação de "Feed-back" quando amplificada. Não existia portanto uma solução eficaz e fiável para resolver o problema, de modo que nos anos 40, pioneiros como o músico de Jazz Les Paul, começaram a desenvolver e experimentar soluções em que o corpo da guitarra era sólido e portanto deixava de provir da reverberação da caixa, passando apenas a ser captado por "Pick-ups" e materializado através de amplificadores eléctricos.
No início dos anos 50, um Engenheiro chamado Leo Fender, decidiu comercializar uma guitarra de corpo sólido produzida em massa, que permitisse que o publico em geral pudesse ter acesso a este tipo de instrumentos. Assim nasceu a primeira guitarra eléctrica produzida em série pela companhia Fender e que foi batizada de "Telecaster", numa tentativa de associá-la a um novo e excitante meio de comunicação da época, a Televisão.
Desde então o som cristalino, brilhante e "estaladiço" da Telecaster tem sido ininterruptamente tocado e gravado, numa variedade ímpar de géneros musicais e gerações de músicos. Mesmo para quem não está muito familiarizado com este mundo das guitarras, consegue dizer em alguns casos "esta guitarra é tipica do artista ou banda x", muitos deles são guitarras Telecaster, uma vez que esta é particularmente versátil e distinta e por isso ajudou muitos artistas a conseguir chegar ao "seu som" característico.
Por exemplo:
- Avril Lavigne (Pop)
- Frank Black dos Pixies (Rock)
- Jeff Buckley (Rock)
- Graham Coxon dos Blur (Rock)
- Bob Dylan (Folk)
- Bill Frisel (guitarrista de Jazz)
- Johny Greenwood dos Radiohead (Rock)
- Merle Hagard (Country)
- George Harrison dos beatles (Rock)
- PJ Harvey (Rock)
- Bill Kirshen (Rockabilly)
- Johny Marr dos Smiths, na faixa This charming man (Rock)
- Mike Oldfield em Tubular bells (Rock)
- Jimmy Page em Stairway to heaven (Rock)
- Luther Perkins na banda de Johny Cash (Country)
- Keith Richards dos Rolling Stones (Rock)
- Bruce Springsteen (Rock)
- Mike Stern na banda de Miles Davis (Jazz)
- Joe Strummer dos Clash (Punk)
- Muddy Waters (Blues)
- David Gillmore dos Pink Floyd na faixa Run like hell (Rock)
- Pete Thowsend dos The Who, que ficou famoso por destruir guitarras em palco mas sempre poupou a sua Telecaster de 1952 (Rock)
Desde 1950 até aos dias actuais que todos nós já tivemos muitas horas de prazer e momentos especiais proporcionados por esta invenção do Sr. Leo Fender, daí ter dedicado este post a um objecto que para mim é uma verdadeira peça de arte representativa dos "tempos modernos".
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Aqueles 5, 7 minutos...
Ontem lembrei-me de um sketch antigo do Gato Fedorento, mais precisamente aquele em que um senhor chamado Arnaldo, em conversa com um jornalista, afirma ser Kinshassa, a capital do Lusco-fusquismo.
Pois bem, eu acho que o Lobito também será um local onde estes 5, 7 minutos são muito fortes...
Belo daguerriótipo ã?
Pois bem, eu acho que o Lobito também será um local onde estes 5, 7 minutos são muito fortes...
Belo daguerriótipo ã?
sábado, 7 de janeiro de 2012
O frio do Inverno e o calor do Natal
Bom dia meus amigos,
Estou aqui para responder afirmativamente ao repto que vários de vocês me fizeram, e parto desde já para a ação bloguistica deste novo ano.
Fiquei muito contente com o interesse que demonstraram nestes meus escritos e também V/ queria pedir que para além daqueles bloguistas ferrenhos que disputam o primeiro post desta vez participassem os restantes um bocadinho mais na parte dos comentários porque se a informação fluir nos dois sentidos (hemisfério Sul para Norte e Norte para Sul) torna-se bastante mais engraçado.
Após este breve editorial, passo desde já a enunciar o seguinte:
Um grande obrigado pelo calor proporcionado e profundamente sentido neste meu pobre miocárdio:
- Ao sal (e á sua manta)
- À família (e o seu Bonsai)
- À marta (e ao seu lar com terraço)
- Aos amigos que moram em Guimarães (e á sua Penha)
Ilustração:
Estou aqui para responder afirmativamente ao repto que vários de vocês me fizeram, e parto desde já para a ação bloguistica deste novo ano.
Fiquei muito contente com o interesse que demonstraram nestes meus escritos e também V/ queria pedir que para além daqueles bloguistas ferrenhos que disputam o primeiro post desta vez participassem os restantes um bocadinho mais na parte dos comentários porque se a informação fluir nos dois sentidos (hemisfério Sul para Norte e Norte para Sul) torna-se bastante mais engraçado.
Após este breve editorial, passo desde já a enunciar o seguinte:
Um grande obrigado pelo calor proporcionado e profundamente sentido neste meu pobre miocárdio:
- Ao sal (e á sua manta)
- À família (e o seu Bonsai)
- À marta (e ao seu lar com terraço)
- Aos amigos que moram em Guimarães (e á sua Penha)
Ilustração:
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